sexta-feira, 12 de março de 2010

RIO TÂMEGA

Eu sou o ser que canta em pleno leito
E vos sussura as mensagens d'aventura,
Comigo vai um povo, meu eleito,
Em caudais, até ao mar da desventura.

Eu sou o ser lavado das nascentes,
Todo inteiro, como ordena a Natureza;
E o canto que broto nas correntes,
Representa a Liberdade e a Pureza.

Eu sou o ser cantado por quem ama
E quem ama compreende a minha dor,
Por que é dor a arder na própria chama,
Onde nasce e onde morre o mesmo amor.

Velhinho de sangue sempre novo,
No rejuvenescer muito ancestral,
Deixai-me ser livre, nobre povo,
Neste canto de Liberdade triunfal !