sexta-feira, 31 de agosto de 2007

ABOBOREIRA

Pedras.Rudeza.Pureza
Flor térrea.Alma alta.Imensidão.
Rusticidade sã.Silêncio vivo.
Caminhar,Arfar,Descansar.Ver.Rever.Recomeçar.
Trilhos.Tesouros.Memórias.
Alta amplitude.Altos miradouros.Altos sonhos.
Pastoreio da quietude, no relógio sem tempo do
vagaroso e vigoroso espaço.
Rutila a surpresa na plataforma etérea e o Presente
onduleia nas oscilações do corpo; tudo é carrocel,
mosqueado de azul e de avidez temperado.
Algo se dilui, algo se dissipa, algo se decompõe
na fragilidade maciça; e tudo se compõe no fluído
do espanto, a esmo invertido.
E tudo se forma, asseia e dispõe na quimérica pedra
vestida de urze e giesta.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oceâno panorâmico carquejano, espectacular!!!... se pensarmos que carqueja, é uma planta silvestre que se emprega como acendalha, aí temos o zé maravalhas, mestre das acendalhas, nesse oceano, nessa grande extensão em suma na imensidade. Napoleão Bonaparte, dizia que para que nos acreditem, é necessário tornar a verdade inacreditável, e como diria John Cage, o mais alto objetivo é não ter objetivo algum. Mas como nunca será possível viver, se buscamos o significado da vida, e porque há momentos em que temos de revelar parte do nosso segredo, de modo a esconder o resto, deixar qualquer coisa por desejar, de modo a não ser infeliz no meio da felicidade, talvez seja melhor, que ser feliz no meio da infelicidade. Oceano, uma grande quantidade, uma imensidade, panorâmico, disposto de modo que o espectador colocado no centro, julga ver de um ponto elevado um verdadeiro horizonte, uma prespectiva, um futuro, uma extensão, um limite no minimo, é uma envolvência para a tendência para voar, que o zé maravalhas pretende, para nos levar longe de mais. Guerra e Andrade, em fase de recusa de ideias, para não conseguir adaptá-las.